Política
Quando o assunto é Política o discurso é invariavelmente o mesmo, para qualquer lado que me vire:
«Política? Que horror!»
Ou:
«Os políticos são todos uns bandidos. Só se preocupam em por algum no bolso e o resto é conversa.»
Concorde-se ou não, o descrédito em relação à classe política está generalizado, e a participação civica ressente-se desse facto. A abstenção eleitoral é altíssima, o movimento associativo é incipiente, a capacidade reivindicativa do cidadão é escassa, - por ignorância dos direitos e deveres, por passividade, ou porque parece mal.
Toda a gente protesta, mas quase sempre nos locais, na ocasião e de forma errada.
Dizer mal dos políticos é um lugar comum mas, em última análise, a classe política é uma consequência directa do povo que a elege, que a alimenta. E sobretudo do que a não elege, ao não votar.
Quem não vota não tem, a meu ver, grande moral para criticar governantes eleitos democraticamente. Não votar é desrespeitar a luta e o sofrimento de milhares de indivíduos em prol dos direitos democráticos.
Que não se acredite nos partídos, nos políticos e nas propostas apresentadas é uma coisa. Vote-se em branco. Escrevam-se obscenidades nos boletins de voto. Mas vote-se.
Não votar é pôr em causa o sistema político - imperfeito, é certo, mas o único que nos concede o direito, e o dever, de expressar livremente as nossas opiniões e convicções.
Será que perder meia hora de centro comercial, ao domingo à tarde, é pedir muito?
Vamos lá a marcar na agenda:
20 de Fevereiro - Eleições Legislatívas
Agora vejam lá em quem é que votam!
1 Comments:
At 8:08 da tarde, Anónimo said…
Com as alternativas que se perfilam, eu não vou querer ser perfilhado por nenhum deles, caramba!
Ao CC não digo (é claro que não!!!!!!), mas se estiver um dia esplendoroso, porque não aproveitá-lo para um passeio aos arredores lindos de Lisboa, hein? Ele é Sintra, ele é Mafra, ele é Palmela, ele é Cascais, ele é Odrinhas (e o seu museu), ele é Azenhas do Mar, ele é um ror de opções fantásticas!
Infelizmente, os votos em branco ainda não servem para nada. Meras estatísticas que todos sabemos "valerem o que valem". Sábias, profundas, pesadas e sopesadas palavras... devem ser do Sócrates, a citar... o Soares (filho)?
Abraços e parabéns pelo blog :)
Pedro
Eu, de qualquer forma, vou para a Escandinávia...
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