Música pop
Uma das coisas mais importantes que aprendi com o "Alta Fidelidade" foi a ouvir muita música pop. Com as previsíveis consequências:
«Durante algum tempo dei uma importância espectral a qualquer canção em que uma pessoa tivesse perdido outra, e como essa classificação abrange toda a música pop, eu andava quase sempre atormentado.»
Isto está a custar mais do que devia. Mais do que o que eu queria. Mais do que o que era suposto, dadas as circunstâncias.
A minha avozínha sempre me disse: «O que arde cura...!» E eu acabei por descobrir que é verdade. E a retirar algum consolo deste facto, apesar do desconforto. Acho que se chama masoquismo. Mas resulta. Só que não é um processo ao alcance de qualquer um, visto ser perigosíssimo.
«As pessoas preocupam-se que os filhos brinquem com armas, e que os adolescentes vejam vídeos violentos; temos medo que algum tipo de cultura da violência os domine. Ninguém se importa que os miúdos ouçam milhares - literalmente milhares - de canções sobre corações destroçados e rejeição e dor e tristeza e perda. As pessoas mais infelizes que conheço, romanticamente falando, são as que gostam mais de música pop; e não sei se foi a música pop que provocou essa tristeza, mas sei que eles ouvem canções tristes há mais tempo do que vivem infelizes.»
Por isso vou aproveitar o fim de semana para um tratamento em profundidade. Vou começar pelo "How Can You Mend A Broken Heart" do Barry White e só acabo no "China In Your Hand" dos T-Pau. Há-de doer tanto que, quando acabar, vou estar insensível durante uma semana, pelo menos. E depois disso já passou tudo.
1 Comments:
At 5:12 da tarde, A said…
Tens sempre o " Road to our dreams" dos T-Pau...
Já me fez companhia uns tempitos...
;)
Ânimo, jovem!
Força.
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