Natal, natal, natal, natal, natal, natal, natal
Hoje não estou para aqui virado. Não tenho grande coisa para dizer. Pelo menos nada de positivo. E acho que não devia começar já a entrar numa de desabafos, a dizer que odeio isto, ou odeio aquilo.
Mas a verdade é que estamos em plena época natalícia, e o Natal tem este efeito sobre mim. Estou farto do Natal, dos embrulhinhos de Natal, das senhoras histéricas em busca dos presentes de Natal mais improváveis, das músicas de Natal imbecís e deprimentes, das decorações de Natal espalhafatosas e de mau gosto, do Pai Natal, da Sagrada Família, das famílias em geral, e da minha em particular.
O Natal devia ser como os Jogos Olímpicos: de quatro em quatro anos. Talvez assim pudesse recuperar algum do valor que já teve. Tenho saudades de quando era o Menino Jesus que trazia os presentes. O propósito era o mesmo, mas muito mais romântico. Acho que no próximo ano vou passar o Natal à Papua-Nova Guiné. Cheira-me que o Natal ainda não chegou lá.
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