Rapaz do bengaleiro do Frágil (5)
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Quero ser eu, um dia, aquela voz
que te faz ficar mudo e transparente
ainda quando diz os tolos versos
em que o amor se diz habitualmente.
Quero ter eu, desse modelo, os seios
e a cor da pele, e a sílica volúpia
e tão longos cabelos que te seja
mais fácil agarar-me pela nuca.
Cremoso como iogurte, e doce ao tacto
todo serei anúncio, mas servido
ao íntimo canal do teu ouvido.
Nem sei em que moeda me destroque
que pague o privilégio de em mim só
seres certo tu, e tudo o mais fingido.
António Franco Alexandre, in "Duende"
Quero ser eu, um dia, aquela voz
que te faz ficar mudo e transparente
ainda quando diz os tolos versos
em que o amor se diz habitualmente.
Quero ter eu, desse modelo, os seios
e a cor da pele, e a sílica volúpia
e tão longos cabelos que te seja
mais fácil agarar-me pela nuca.
Cremoso como iogurte, e doce ao tacto
todo serei anúncio, mas servido
ao íntimo canal do teu ouvido.
Nem sei em que moeda me destroque
que pague o privilégio de em mim só
seres certo tu, e tudo o mais fingido.
António Franco Alexandre, in "Duende"
3 Comments:
At 3:55 da tarde, José Santos said…
Leste o poema de amor que escrevi no meu blog retirado do filme "Love Letter"?
Acho que era bom para lhe enviares um destes dias!
(Ó pra mim a alimentar a tua paixão platónica!...lol)
At 9:22 da tarde, José Santos said…
'Tas à vontade!
;-)
At 3:03 da manhã, Nic said…
astianax,
o bengaleiro do fragil, passa a partir de agora a fazer parte do meu intenerario das proximas ferias de verao!
Pode ser mesmo contigo para me mostrares a fonte que te inspira e te provoca a dor de amor!
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