O Bairro do Amor

Uma varanda debruçada para a vida

quinta-feira, julho 28, 2005

Rapaz do bengaleiro do Frágil (5)

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Quero ser eu, um dia, aquela voz
que te faz ficar mudo e transparente
ainda quando diz os tolos versos
em que o amor se diz habitualmente.
Quero ter eu, desse modelo, os seios
e a cor da pele, e a sílica volúpia
e tão longos cabelos que te seja
mais fácil agarar-me pela nuca.
Cremoso como iogurte, e doce ao tacto
todo serei anúncio, mas servido
ao íntimo canal do teu ouvido.
Nem sei em que moeda me destroque
que pague o privilégio de em mim só
seres certo tu, e tudo o mais fingido.
António Franco Alexandre, in "Duende"

3 Comments:

  • At 3:55 da tarde, Blogger José Santos said…

    Leste o poema de amor que escrevi no meu blog retirado do filme "Love Letter"?

    Acho que era bom para lhe enviares um destes dias!

    (Ó pra mim a alimentar a tua paixão platónica!...lol)

     
  • At 9:22 da tarde, Blogger José Santos said…

    'Tas à vontade!
    ;-)

     
  • At 3:03 da manhã, Blogger Nic said…

    astianax,
    o bengaleiro do fragil, passa a partir de agora a fazer parte do meu intenerario das proximas ferias de verao!
    Pode ser mesmo contigo para me mostrares a fonte que te inspira e te provoca a dor de amor!

     

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