O Bairro do Amor

Uma varanda debruçada para a vida

sábado, dezembro 24, 2005

All I want for Christmas...

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I don't want a lot for Christmas
There's just one thing I need
I don't care about presents
Underneath the Christmas tree
I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true...
All I want for ChristmasIs you...
I don't want a lot for Christmas
There is just one thing I need
I don't care about presents
Underneath the Christmas tree
I don't need to hang my stocking
There upon the fireplace
Santa Claus won't make me happy
With a toy on Christmas day
I just want you for my own
More than you could ever know
Make my wish come true
All I want for Christmas is you...
You baby
I won't ask for much this Christmas
I won't even wish for snow
I'm just gonna keep on waiting
Underneath the mistletoe
I won't make a list and send it
To the North Pole for Saint Nick
I won't even stay awake to
Hear those magic reindeer click'
Cause I just want you here tonight
Holding on to me so tight
What more can I do
Baby all I want for Christmas is youYou...
All the lights are shining
So brightly everywhere
And the sound of children's
Laughter fills the air
And everyone is singing
I hear those sleigh bells ringing
Santa won't you bring me the one I really need -
won't you please bring my baby to me...
Oh I don't want a lot for Christmas
This is all I'm asking for
I just want to see baby
Standing right outside my door
Oh I just want him for my own
More than you could ever know
Make my wish come true
Baby all I want for Christmas isYou...
All I want for Christmas is you baby...
Written by Mariah Carey and Walter Afanasieff

sábado, dezembro 17, 2005

Presidenciais 2005

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António Pestana Garcia Pereira


É estranho, muito estranho, mas a verdade é que, no meio deste vergonhoso arraial de mesquinhez e sabujice, Garcia Pereira, o eterno bombo da festa, é o candidato mais sério, e o que se comporta com maior dignidade. No mínimo, preocupante!

Uma questão de quimica

Chamemos-lhe Mr. Big. Não confundir com o da série de televisão. Não tem nada a ver. Digamos que... enfim, o tamanho, de facto importa.

A questão é que o Mr. Big tem tudo o que é essencial: é atraente, é sensivel, é interessante, and so on, and so on... e no entanto, quando finalmente nos conhecemos, após semanas de intensas negociações, e uma exaustiva troca de mensagens que variavam entre o kitsch e o puramente lamechas, tive a certeza que "as coisas" entre nós não iriam resultar.

Porquê? Não sei. Mas acho que é a isso que se chama química. Pode ser uma comichão no cérebro, um ardor no estômago, uma palpitação cardiaca, um reflexo muscular, qualquer coisa. Mas tem que estar lá. E no entanto não estava.

Um método alternativo, a que eu recorro com muita frequência, é aparentemente mais fácil, mas nem sempre seguro. Fecho os olhos. Imagino-me com A Pessoa - aquela que idealizei, o protótipo do par perfeito, a alma gémea - durante uma actividade que me dê um particular prazer: um jantar romântico, uma reunião de amigos de longa data, uma sessão de cinema, um passeio pela 5ª Avenida (sim, a Rua Augusta ou a Rua Garrett também servem!), uma discussão acalorada, uma cena de sexo explícito...

Uma vez que A Pessoa não é uma entidade material, não tem, portanto um corpo físico, em definitivo, o exercício é simples. Sobrepõe-se a imagem de pessoa em questão ao esboço d'A Pessoa.

Foi o que eu fiz. E o Mr. Big não encaixava. É pena. Mas, fazer o quê? Forçar a situação? Fazer como nas relações do antigamente e esperar que o amor nasca de uma grande amizade e da habituação? Não me parece.

O melhor é tentar minimizar os estragos e passar à frente. Quem é o senhor que se segue?

quinta-feira, dezembro 01, 2005

O Amor e a Cidade

O corpo recusa-se a acompanhar a mente ou o espirito. O meu bilhete de identidade diz que tenho 27 anos; comporto-me como se tivesse 19; o meu corpo leva-me a crer que cheguei à meia idade. Talvez seja efeito de uma ressaca descomunal. Ou talvez a ressaca seja mais um efeito do que uma causa.

Seja como for é algo perturbador discernir um certo mimetismo nestas sensações e comportamentos, a ainda mais quando se identifica a sua fonte. Bridget Jones, Carrie, Samantha, Karen e Patsy são, para mim referências, do mesmo modo que, para outras pessoas, em outros tempos e outros lugares, o foram Madame Bovary, Anna Karenina, Marguerite Gautier ou as heroinas das histórias de Jane Austen.

Também há o Robert, do "Alta Fidelidade", o Hugh Grant no " Quatro casamentos e um funeral", o Mr.Ripley, o Psicopata Americano e alguns personagens do David Leavitt. E começo a perceber um certo padrão: personagens de ficção. Inspirados em pessoas reais, ou não, a verdade é que todos estes nomes e respectivas idiossincracias, não existem e, portanto, tiveram que ser inventados (e incarnados).

A dúvida é: será saudável um individuo real comportar-se como um personagem de ficção inventado, provavelmente, por um criador com evidentes perturbações mentais?

A resposta só pode ser Não sei. E sinceramente não me preocupa muito. Preocupa-me mais - e é isto que me aproxima dos referidos personagens - a busca pela felicidade e por esse grande mito, o Amor. Temos outras coisas em comum, nomeadamente o facto de nos inserirmos num mesmo meio, a ampla classe media das grandes cidades do mundo ocidental. Somos entidades urbano-depressivas, perdidas nos labirintos de betão, em busca de algo que ninguém conseguiu definir de forma peremptória.

Somos limitados e compartimentados, ansiamos por liberdade e horiozontes longinquos, somos fúteis e profundos na mesma dimensão, incoerentes, inconstantes, incompreendidos e insaciáveis. A nossa maior batalha é pela felicidade, e no entanto não somos infelizes. Somos incompletos e recusamo-nos a perceber (aceitar) que essa será sempre a nossa condição até ao fim dos tempos, por mais livros cor de rosa que se escrevam, e filmes americanos que se produzam, a propagandear que dois seres, juntos, se podem completar.

Na dúvida continua-se a tentar e a teimar.

Se há uma certeza que tenho é a de que na próxima oportunidade - e o fim de semana já aí vem! - vou voltar a comportar-me como um indivíduo algures entre a adolescência e a meia idade, beber demais, flirtar com toda a gente, olhar para os homens bonitos e pensar "serás tu?", vomitar, correr meia Lisboa a pé, desde Alcântara a Alfama, passando por S.Bento porque entretanto me perdi e não há táxis, tentar não chorar quando dou por mim sozinho em casa, acordar no outro dia, para ir trabalhar, e sentir-me mal a todos os niveis, mas com a consciência que tudo vai melhorar.

365 dias

Há exactamente um ano que este blogue nasceu. Talvez por isso este seja um dia propicio para o fazer renascer, na esperança de que não se tenha perdido muito durante o demasiado longo e incipiente processo de mudança.