O Bairro do Amor

Uma varanda debruçada para a vida

sexta-feira, julho 29, 2005

Rapaz do bengaleiro do Frágil (7)

.
.
És um...

Candidatos Presidenciais

.
Estou a lembrar-me de uma série de personalidades que já têm idade para concorrer às Presidenciais de Janeiro, de forma a evitar cromos repetidos:

* Manuel de Oliveira (idade desconhecida e matematicamente impossível de calcular.)

*Agustina Bessa-Luis(acho que foi ela que escreveu o Antigo Testamento, portanto, é só fazer as contas.)

*Camilo de Oliveira (nem é assim tão velho, 300 anos no máximo, mas as piadas são.)

*Alex do Mister Gay (os milagres até podem existir, mas também têm limites.)

* Maria Alice Caneças (a.k.a. Lili) (lá está, os milagres até podem existir, mas também têm imensos limites)

Se a antiguidade fosse posto estes seres dominavam o Mundo.

Rapaz do bengaleiro do Frágil (6)

.
.
És um...

quinta-feira, julho 28, 2005

Rapaz do bengaleiro do Frágil (5)

.
Quero ser eu, um dia, aquela voz
que te faz ficar mudo e transparente
ainda quando diz os tolos versos
em que o amor se diz habitualmente.
Quero ter eu, desse modelo, os seios
e a cor da pele, e a sílica volúpia
e tão longos cabelos que te seja
mais fácil agarar-me pela nuca.
Cremoso como iogurte, e doce ao tacto
todo serei anúncio, mas servido
ao íntimo canal do teu ouvido.
Nem sei em que moeda me destroque
que pague o privilégio de em mim só
seres certo tu, e tudo o mais fingido.
António Franco Alexandre, in "Duende"

Frederico Lourenço

.
.


Além de um Ego de tamanho considerável, Frederico Lourenço, corre o sério risco de vir a ser comparado a Agustina Bessa-Luis e a Gonçalo M. Tavares. Não pela qualidade da escrita, mas pela velocidade a que lança novos títulos para o mercado. E esse não é um bom indício.

A Agustina é a Agustina, intangível, goste-se ou não. Gonçalo M. Tavares passou dez anos enclausurado a escrever livros de enfiada, e optou por editá-los todos ao mesmo tempo. Ou quase.

"A Formosa Pintura do Mundo", a nova obra de Frederico Lourenço, "é uma sequência de ficções interligadas sobre a pintura, a música e o desejo". Espero que a escrita não se tenha ressentido com a urgência de contar, e que o tempo tenha atenuado a tentação autobiográfica.

Astianax (2)

.
.

Segundo informações obtidas junto de fonte fidedígna, ligada ao sector, mas que prefere manter o anonimato, esta borboleta também se chama Astianax.
Simpatizo mais com o look Blue Velvet do que com as lantejoulas do peixinho. Mas, bolas, será que não por aí nenhum animal mais interessante? Um lobo, talvez? A seguir vai ser o quê? Uma rã? Uma bactéria?

Rapaz do bengaleiro do Frágil (4)

.
Afinal não és completamente meu, nem um pouco, nem sequer na fantasía; todos os poetas te cantaram, já, antes de mim.
Agora sei que nasceste da poesia.

Se fosses luz serias a mais bela
De quantas há no mundo: - a luz do dia!
- Bendito seja o teu sorriso
Que desata a inspiração
da minha fantasia!
Se fosses flor serias o perfume
Concentrado e divino que perturba
O sentir de quem nasce para amar!
- Se desejo o teu corpo é porque tenho
Dentro de mim
A sede e a vibração de te beijar!
Se fosses água, música da terra,
Serias água pura e sempre calma!
- Mas de tudo que possas ser na vida,
Só quero amor que sejas alma!
António Botto, in "Toda a Vida"

Vizinhos e comadres

.
A coluna dos blinks está a ficar sobrepovoada e com fracas condições de habitabilidade. Urge uma intervenção de ordenamento do território. Falta a paciência.

quarta-feira, julho 27, 2005

don@ de casa desesperad@ (2)

.
Como é que se dá um jantar para seis (6) pessoas sem:

- Mesa de jantar e respectivas cadeiras;
- Sofá e respectivas almofadas;
- Um bom livro de receitas japonesas e respectivo cozinheiro;
- hem?

Quero a minha mãe!

Nick Hornby x 2

.
.



O que é que há de comum entra a Nelly Furtado e o Bruce Springsteen? E entre o Rufus Wainwright e Van Morrisson? Ou entre Aimee Man e Soulwax?

Aparentemente nada. Mas a verdade é que todos eles foram alvo da apreciação de Nick Hornby, um dos meus escritores fetiche, no livro "31 Canções". Também lá estão, entre outros, o Bob Dylan, os Beatles, o Santana, o Rod Stewart, os Led Zeppelin, a Ani DiFranco, Röyksopp e Butch Hancock.

Quem leu "Alta-Fidelidade" já sabe com o que contar, apesar de o registo ser muito diferente: crónicas de teor mais pessoal, em vez de ficção. Creio que não será por aqui que Nick Hornby anagariará um grande clube de fãs, mas não é tempo completamente perdido.

Do mesmo autor saíu "Um Grande Salto". Ainda só lí meia dúzia de páginas, mas pareceu-me promissor. Sentí imediatamente o tipo de humor característico de Hornby, entre o cínico e o cândido, quase infantil. O livro conta a história de três suicídas que, por acaso, se encontram no topo do mesmo prédio, quando se preparam para acabar com as suas vidas pouco felizes, na noite de ano novo. Promete.

Como não há bela sem senão, resta-me perguntar: será que a merda da editora Teorema já considerou contratar tradutores que saibam escrever em português? E em revisores de texto, será que já ouviu falar? É que há parágrafos inteiros quase ilegíveis, de tão mal traduzidos e editados. Assim não precisam de pagar direitos de autor, porque o Nick Hornby não escreveu nada vagamente parecido com o que lá vem supostamente traduzido.

Rapaz do bengaleiro do Frágil (3)

para Presidente da República!

Já ganhou! Já ganhou! Já ganhou!

Soares é fixe!

.
Mas, admitamos, já não vai para novo. Pode estar muito bem conservado, para quem viveu tanto em apenas oitenta anos; pode não sofrer do coração, de Alzheimer, de doenças sexualmente transmissíveis, - que se saiba - mas, diga-se a bem da verdade, já não dispõe da agilidade mental de outros tempos. E apesar disso mete num chinelo qualquer eventual adversário político.

Agora, que dizer de um país que tem que recorrer às glórias de um passado já não muito recente para se governar? Que classe politica é esta, que alimenta vacas sagradas, mitos e tabus, incapaz de se renovar e de se comprometer com causas válidas? Que povo é este, acomodado no seu permanente desconforto, inapto para gerar ideais renovados e dinâmicas aglutinadoras?

É certo que por toda a Europa se sente a orfandade dos grandes líderes carismáticos. O mais próximo disso que temos, neste momento, é Tony Blair, o qual não passa de uma sombra, ou de uma caricatura. Zapatero talvez lá chegue, mas ainda é cedo para falar. Apesar deste estado de coisas, nem por isso os franceses foram ressuscitar o Mitterrand, nem os alemães estão a suspirar por Helmut Kohl, e já nem sequer a maioria dos ingleses tem sonhos eróticos com a Dama de Ferro.

Soares é fixe. Soares é uma referência histórica e política. Soares é o pai da Democracia portuguesa. Há que dar-lhe valor por isso, e por tudo o mais que realizou. E é em momentos como este que se devem homenagear figuras como a de Soares, demonstrando que o seu trabalho deu frutos, e que a sociedade portuguesa está preparada para pegar no seu testemunho, gerar novas lideranças e novos ideais.

Soares, para mim pelo menos, será sempre o nosso Presidente. Não precisa de eleições. Precisa é de gozar a merecida reforma.

Astianax

.
.

Parece que este peixinho minúsculo e vestido de lantejoulas é um Astianax.

Hmmm... aquele sobrenome - fasciatus - terá alguma conotação política?

Talvez seja altura de começar a pensar em mudar de nick, para alguma coisa que não soe a marca de anti-depressivo, talvez...

terça-feira, julho 26, 2005

Rapaz do bengaleiro do Frágil (2)

.
quero que saibas que:

"Se eu fosse compositor
compunha em teu louvor
um hino triunfal"

"Se eu fosse crítico de arte
havia de declarar-te
obra-prima à escala mundial"
Jorge Palma

sábado, julho 23, 2005

Eh pá... é na desportiva!

.
.

Frederic Michalak

Jean Galfione



Ian Thorpe

Porque lá para baixo isto está demasiado sério!

Direito à Lei

O casamento não exerce sobre mim qualquer fascínio. Não faço tenções de me casar. Com ninguém, seja de que sexo for. (A não ser o que o-rapaz-do-bengaleiro-do-Frágil me faça uma proposta...)

Também não acho piada nenhuma a crianças. Não quero ter filhos, sejam biológicos ou adoptados. (Mais uma vez apenas a ideia de um filho d'o-rapaz-do-bengaleiro-do-Frágil poderia abrir uma brecha nesta argumentação.)

Mas isto é o que eu penso agora. Não sei se sempre pensarei assim. Além de que as minhas escolhas dizem-me respeito a mim, e ninguém tem que ficar sujeito às minhas tomadas de posição pessoais.

Agora uma coisa é certa: fossem outras as minhas opções e o caso seria bem mais complicado. É que eu vivo num país hesitantemente em vias de desenvolvimento social, cultural, político e moral - entre outros. Um país onde a lei fundamental do estado, a Constituição da República, garante a Liberdade dos cidadãos, mas onde o Código Civil, que regula uma parte considerável dos actos desses mesmos cidadãos, não respeita essa mesma Liberdade. Um exemplo:

Artigo 13.º(Princípio da igualdade)
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.

Isto é o que está redigido na Constituição da República Portuguesa. Mas no Código Civil está expresso:

ARTIGO 1577º (Noção de casamento)
Casamento é o contrato celebrado entre duas pessoas de sexo diferente que pretendem constituir família mediante uma plena comunhão de vida, nos termos das disposições deste Código.

Ou seja, se em teoria não posso ser discriminado em função do meu sexo e da minha orientação sexual, na pratica não me é permitido constituir família e celberar um contrato de casamento com uma pessoa do mesmo sexo que eu (situação inerente à minha condição plenamente assumida de homossexual).

Isto porque o sistema legislativo e judicial português está parado no tempo em que familia significava um paizinho, uma mãezinha, sete filhinhos ranhosos e uma avozinha a apodrecer a um canto, todos muito pobrezinhos, perdão, humildes e católicos.

E porque ainda está impregnado da moral judaico-cristã repressiva e reaccionária que olha para a sexualidade e para o prazer sexual de uma forma ignorante e desconfiada, ancorada que está no objectivo único da reprodução, com o conceito de pecado a espreitar em cada linha.

Não considero que a legislação tenha que estar na vanguarda das modificações da sociedade. Mas deve estar atenta e actualizada, assegurando as liberdades, garantias, direitos e deveres de todos os cidadãos.

O que significa que deve cobrir, regulamentar, com a máxima abrangência possivel, todos os âmbitos de actuação dos cidadãos. O que inclúi os modos como se relacionam entre si. Pelo que existem, neste momento, algumas centenas, talvez milhares, de famílias que, por não corresponderem ao estereótipo tradicional, não têm direito ao reconhecimento legal.

Esta situação não é legítima e não é admissível num estado de direito, que se diz democrático. E é uma causa que diz respeito não apenas aos homossexuais, mas sim a todos os cidadãos que não se revêm neste estado de coisas.

Tudo isto para chamar a atenção para uma campanha que está a decorrer no Renas e Veados e no Random Precision.

Será apenas a ponta do iceberg, mas é um bom princípio.

sexta-feira, julho 22, 2005

O rapaz do bengaleiro do Frágil

.
Acredito piamente que o rapaz do bengaleiro do Frágil pode muito bem ser o homem da minha vida.

Talvez seja altura de eu deixar de grunhir quando na verdade quero dizer Olá!

E aquele esgar, que mais parece de dor, mas é na verdade um sorriso, também tem que desaparecer.

...

Frágil
Sinto-me Frágil
...

Ambiente fim de regime

.
aqui tinha escrito sobre um certo ambiente a cheirar a fim de regime que perfuma este país. Durante alguns meses, - ingenuamente, admito, - pareceu-me que se tinha esbatido um pouco. Mas, eis que, quando menos espero, abro a janela e... levo com uma lufada de ar pútrido na cara, que é para aprender a não ser tolinho.

Não votei no PS, e em José Sócrates, mas, até há pouco tempo, permiti-me acreditar que estes senhores poderiam fazer algo de menos negativo por este país do que os governos anteriores. De facto, não era difícil. Bastava aplicar um pouco de seriedade, de ponderação, de exigência e rigor, no exercício do poder.

Existia apenas um factor que me permitia manter viva esta ilusão: o ministro das finanças, Campos e Cunha.

Agora, Campos e Cunha foi-se embora. Farto, presumo eu, da leviandade casmurra de um primeiro-ministro que, até pode saber para onde quer ir, mas não sabe como, nem por onde. Cansado, creio, de tentar travar os projectos faraónicos e imponderados dos seus medíocres colegas de governo. Enojado, acredito, com uma comunicação social cada vez mais promíscua, que, por falta de inteligência e formação, se comporta com uma alienação em relação à realidade, só comparável à da classe política.

Este governo fica, definitivamente, refém dos lobbys empresariais e do aparelho partidário.

Outro aspecto relevante é o processo de escolha do candidato presidencial do PS. Manuel Alegre!? Freitas do Amaral!?!? Mário Soares!?!?!?

Quase dá vontade de votar no Cavaco. Mas eu até tenho boa memória, e não me esqueço do que o cavaquismo fez por este país, e da minha jura de, nunca na vida, em quaisquer circunstâncias, votar em Cavaco Silva.

Entretanto fico muito contente por saber que Marques Mendes é um homem de coragem, sem medo de afrontar os interesses instalados, que quer devolver a credibilidade à politica e, portanto, não vai engolir as obscenidades de Alberto João Jardim. Sim, claro, estava a ser irónico.

Enquanto tudo isto acontece onde está, o que faz Jorge Sampaio? Observa, talvez. Não era agora, a meio ano do fim do mandato que ia começar a fazer alguma coisa, sem que a isso seja forçado.

Depois venham falar-me em figuras tutelares, grandes líderes e salvadores da pátria.

Some like it rough!

.
.





(Hmm... pressinto uma influência particularmente preversa de Plutão a pairar sobre este blogue.)

quinta-feira, julho 21, 2005

Urinoterapia

E agora algo completamente... (Ui! não é fácil deixarem-me sem palavras!)


"Atenção! Atenção!"

"Notei que você tem problema com:
- sua pele (seca, alergias, acne...)
- seu peso (quilos em excesso...)
- e também doenças de toda a espécie
(reumatismo, asma, etc.)
Voce está no fim de sua paciência
E tem neessidade de uma ajuda
gratuita, eficaz e garantida!
Muito bem - eis a resposta - a utilização
de um produto para seu corpo
que você tem em si mesmo
Voce pode bebê-lo - lavar-se com ele -
ou fazer compressas
Sim, é mesmo a sua própria urina!..."

Argh! Já chega. Só tenho uma palavra para isto: Blhéque!

O facto é que, por muito absurdo que pareça, isto existe, faz parte de um livro com um título particularmente eloquente:

Urinoterapia
Xixi
O Meio de Saúde Mais Extraordinário que Existe

E chega ao ponto de sugerir que esta práctica poderá influir no tratamento de doenças como " o Aids", diabetes, bulimia e... micoses nos pés!!! entre outras.

Ah estes seres chamam à urina a Água da Vida!

E há pessoas que compram esta merda.

quarta-feira, julho 20, 2005

O Principezinho

.
.
A propósito de Dessine-moi un mouton...


"À noite, deitei-me na areia e adormeci, a mil e uma milhas de terra habitada, mais isolado do que um náufrago agarrado a uma jangada no meio do mar. Imagine-se então a minha surpresa ao ser acordado de madrugada por uma voz muito fininha, a pedir:
- Se faz favor... desenha-me uma ovelha!"

Excerto de "O Principezinho", de Antoine de Saint-Exupéry

Milene Farmer

.
.


Toda a gente sabe, está cientificamente provado, que os franceses podem ser bons em muita coisa, mas não a fazer música. Segue um exemplo:

Milene Farmer. Num copo misturador junta-se uma dose de Madonna e uma porção de... aaaah... digamos... por exemplo... Modern Talking. Tempere-se com LSD a gosto, apenas o suficiente para deixar o cérebro todo queimadinho. Mistura-se bem e... voilá.

A senhora até parece estar cheia de boas intenções. Mas a bem da verdade, há que dizer, com frontalidade, que a tipa sofre de perturbações mentais, com especial incidência sobre a questão do incesto.

Apesar disto (por causa disto?) é uma das grandes referências do bichedo francês. Talvez não fosse má ideia as nossas travecas começarem a variar, a deixar a xô dona Amália descansar em paz, a acabarem com as homenagens a coirões como a Celine Dion e a Máriza, e pegassem no trabalho da Milene Farmer. Não iam fazer pior figura, de certeza, e sempre eram originais. Até porque algumas das musiquinhas até são perfeitamente sofríveis e até dançáveis.



Dessine-moi un mouton

Quelle solitude
De mourir
Sans certitude
D'être au moins

Une particule
De vie
Un point minuscule
Utile à quelqu'un

Quelle solitude
D'ignorer
Ce que les yeux
Ne peuvent pas voir

Le monde adulte
Isolé
Un monde abrupt
Et là, je broie du noir

Dessine-moi un mouton
Le ciel est vide sans imagination
C'est ça
Dessine-moi un mouton
Redevenir l'enfant que nous étions
Dessine-moi un mouton
Le monde est triste sans imagination
C'est ça
Dessine-moi un mouton
Apprivoiser l'absurdité du Monde

Quelle solitude
De se dire
Que la morsure
Du temps n'est rien

Le rêve est bulle
De vie
Un bien majuscule
Utile au chagrin


Déconfiture
Des pépins
Mais je veux croire
En l'au-delà

Et vivre est dur
Toujours un choix
Mais je jure
Que le monde est à moi

Dessine-moi un mouton
Le ciel est vide sans imagination
C'est ça
Dessine-moi un mouton
Redevenir l'enfant que nous étions
Dessine-moi un mouton
Le monde est triste sans imagination
C'est ça
Dessine-moi un mouton
Apprivoiser l'absurdité du Monde

Il est à moi...
Il est à moi...
Il est à moi...
Il est à moi...Le Monde

Dessine-moi un mouton
Le ciel est vide sans imagination
C'est ça
Dessine-moi un mouton
Redevenir l'enfant que nous étions
Dessine-moi un mouton
Le monde est triste sans imagination
C'est ça
Dessine-moi un mouton
Apprivoiser l'absurdité du Monde

sexta-feira, julho 15, 2005

Dia do Mar

.
.



"As ondas quebravam uma a uma
Eu estava só com a areia e com a espuma
Do mar que cantava só para mim"
Sophia Mello Breyner Andresen

Harry Potter and the Half-Blood Prince

.
.


Mais logo, à noitinha, os maluquinhos (fãs?) do Harry Potter já podem comprar o mais recente volume da colecção, em inglês. Segundo sei as lojas da Bertrand e da FNAC vão estar abertas à meia-noite, para fazer negócio. Nós, por cá, demos prioridade aos copos, portanto só amanhã a partir das 10 horas.

A tradução para português deve saír em Outubro.

segunda-feira, julho 11, 2005

Lobo

.
.


Consequência da minha actual crise de identidade, andava para aqui feito parvo em busca de categorias/rótulos que me servissem.

Homossexual, gay, bicha, mariconso e por aí fora já não me satisfazem. Bondage, S&M e afins não se aplicam. Militar e leather, por muito que me fascinem, também não. Alternativo... nem sei bem o que é que isso quer dizer. Hip ou trendy (ou seja bicha fashion): já não tenho dinheiro para estoirar em roupa de marca e em pastilhas maradas. And so on, and so on...

Até que cheguei aos Ursos. De facto tenho alguma pelagem, mas não sou grande, nem possante. Para Cub já não vou tendo idade. E francamente, pode ser muito bonito, mas a história dos abraços excluiu-me imediatamente. Sou muito pouco táctil, pelo menos a um nível social. Detesto um abraço como cumprimento.

Insatisfeito, resolvi criar uma nova categoria: o Lobo. É assim tipo um Urso com tendência para a anorexia, e personalidade sociopata (embora eu prefira usar o termo strong sillent type).

E não é que, entretanto, descobri que já existia esta tribo!? O problema é que quase não existe informação disponível on line, e muito menos em português. Deixo aqui, portanto, o meu apelo a toda a bicheza que por aí ande, e saiba alguma coisa sobre o tema, para que tenha a caridade de me esclarecer.

Auuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!

don@ de casa desesperad@


Isto de se ser don@ de casa tem muito que se lhe diga!

A minha casa está um caos. Tenho tudo desarrumado. Não tenho nada comestível nos armários, nem no frigorífico. Para beber tenho água da torneira. Ah e meia garrafa de whisky.

Qualquer comparação com o filme Poltergeist poderá ser mera coincidência, ou não, mas começo a achar que o meu prédio foi construído sobre um antigo cemitério de insectos.

Por todas estas (e mais algumas) razões respiro fundo sempre que meto a chave na porta. Chego a ter medo de convidar alguém para ir lá.

E eu que me achava uma autêntica f@da do lar!

sábado, julho 09, 2005

Cafajestxi!

Acabei de atender uma figura pública, cujo nome, em abono do bom gosto e da legítima manutenção da privacidade possivel a que toda a gente tem direito, (só digo que foi, recentemente, ministro da defesa, e presidente do partido mais à direita com asento na A.R.)
Fui muito simpático, sorridente, dei-lhe um bocadinho de conversa e cheguei a fazer charme. Eu realmente não tenho carácter! Mereço ser castigado. Voluntários?

sexta-feira, julho 08, 2005

Casamentos Gay

Sinceramente, ainda não percebi esta histería toda por causa dos casamentos dos homossexuais. Os homossexuais podem casar. Conheço muitos homossexuais casados. Aliás, basta passar aqui pelas casas de banho do Saldanha e, enfim...

Sim, está bem, não podem casar uns com os outros. Pormenores.

Hino do Verão 2005

.



Começo a ficar um bocadinho enjoado com Humanos, a Maria Albertina, as rugas, o muda de vida e por aí fora. Apesar disso escolhi como banda sonora para o meu Verão 2005 o tema "na lama".


Se me quiseres conhecer
É la contigo
Se me quiseres encontrar
Vou ter prazer em vir tomar chá
Estou no lado
Estou no sítio
Mal afamado
Estou esquisito
Se me quiseres voltar a ver
É la contigo
Se me quiseres voltar a encontrar
Terei prazer em ir vir tomar chá
Estou no lado
Estou no sítio
Mal afamado
E estou esquisito
E é lá que eu vou estar
Até te escutar
E é lá que eu vou estar
Até te escutar
Se me quiseres recordar
É lá contigo
Se me quiseres repetir
a fazer par ou mesmo a dividir
Estou no poço
não reprimido
é bem perigoso
estou comigo
E é lá que eu vou estar
Até te escutar
E é lá que eu vou estar
Até te esgotar
António Variações

Por falar em Queer as Folk

Por que carga de água é que o QAF passa às sextas, à uma e tal da manhã. É que, qualquer bicha que se preze a essa hora não está em casa, e se, por acaso, já estiver não está, de certezinha, a ver televisão. Daha!

E antes que comecem os protestos a dizer que nem toda a gente passa a vida enfiada no Frágil e coisas do género, devo advertir que este blogue está equipado com um sistema de rastreio e localização, ou seja, se discordarem de mim podem vir a sofrer terriveis consequências.

Eu gosto é do Verão


Estas férias foram... hmmm... bem, a palavra que me ocorre é: inquietantes.

Não aconteceu nada de muito importante, nada de marcante e histórico. Mas ocorreram algumas situações, as quais, no seu conjunto, me despertaram algumas questões, - acerca do modo como olho para mim próprio e me avalio, acerca da imagem que creio passar, e por aí fora, - um sem fim de dúvidas existenciais, perfeitamente desapropriadas para esta época do ano.

O fulcro da questão é que, durante estas semanas, eu comportei-me como um verdadeiro cabrão. Parece que sofri um espécie de regressão emocional, que voltei a ter 19 anos, e que os meus processos mentais se resumem à perseguição dum prazer imediato e inconsequente. E não estou a falar exclusivamente de sexo. Mas sobretudo.

Eu que, aqui há umas semanas, falava mal, com quantos dentes tenho, do nosso amigo Stuart, comportei-me frequentemente como se fosse um seu digno seguidor. Mas menos giro. E menos cabrãozinho, apesar de tudo.

E não me ficou, tão pouco, a consciência pesada. Apenas a leve sensação de que deveria sentir-me socialmente desconfortável por causa das minhas acções.

Mas o que me desperta mais curiosidade é o facto de as pessoas que "contracenaram" comigo se terem disponibilizado para tal papel. Tempos houve em que situações do género eram inimagináveis. O que é que mudou? Se não fui eu, terão sido os outros? Há alguma droga nova no mercado que eu ainda desconheço? Serão efeitos da seca extrema? Anda alguma coisa no ar...! Talvez seja o Verão. Espero que sim. Serão mais dois meses de maluqueira.

VOLTEI!!!

(O que não é positivo, em absoluto, uma vez que também voltei ao trabalho.)