O Bairro do Amor

Uma varanda debruçada para a vida

quinta-feira, junho 16, 2005

Férias

Olá amiguitos!

Fui de férias. Quer isto dizer que até Julho não há postas novas para ninguém. Mas prometo voltar cheio de energia e imaginação, bem como um bronzeado agradável à vista. Mas vou passando por cá, só pra ver o que se passa e para ficar a par das novidades.

Boas Férias ou Bom Trabalho para todos, consoante o caso.

sexta-feira, junho 10, 2005

A Barca dos Amantes

Enquanto estiver no ferry, a atravessar o Sado, vou cantarolar uma das minhas composições favoritas. Chama-se " A Barca dos Amantes" e foi escrita, em parceria, pelo Sérgio Godinho e pelo Milton Nascimento. No dia que pretende celebrar a língua portuguesa, acho que fica bem registar as pequenas preciosidades que vão brotando da expressão da(s) culturas) lusófona(s).



Ah, quanto eu queria navegar
Pra sempre a barca dos amantes
Onde o que eu sei deixei de ser
Onde ao que eu vou não ia dantes

Ah, quanto eu queria conseguir
Trazer a barca à madrugada
E desfraldar o pano branco
Na que for terra, a mais amada

E que em toda a parte o teu corpo
Seja o meu porta-estandarte
Plantado no seu mais fundo
Posso agitar-me no vento
E mostrar a cor ao mundo

Ah, quanto eu queria navegar
Pra sempre a barca dos amantes
Onde o que eu vi me fez vogar
De rumos meus a cais errantes

Ah, quanto eu queria me espraiar
Fazer a trança à calmaria
Avistar terra e não saber
Se ainda o é quando for dia

E que em toda a parte o teu corpo
Seja o meu porta-estandarte
Plantado no seu mais fundo
Possa agitar-me no vento
E mostrar a cor ao mundo

Troia




Aproveitando a comemoração do Dia Nacional da R(e)aça... perdão! de Camões, de Portugal, das Comunidades e dos programas enervantes das tardes televisivas, e consequente fim de semana prolongado, vou pôr o rabinho ao léu e a pilinha de molho.

Areais sem fim, sem pessoas, sem roupa, sem stress, sem horários, sem regras, sem telefonemas, sem livros... Ufff!

E só volto para o Santo António e para o último dia da Feira do Livro.

É o estágio para as férias grandes, que começam na próxima semana. Ou a abertura oficial da época parvinha (silly season, para os bloggers distraídos).

Boas Festas!

quarta-feira, junho 08, 2005

Inquérito musical

Tamanho total dos arquivos no meu computador?

Hã!? Computador!? O meu computador morreu!!! Buáaaaaa!

Último disco que comprei:

Ainda não comprei, mas vou comprar, nas próximas horas, ou dias, "apenas o amor" da Aldina Duarte.




Canção que estás a escutar agora:

"A Canção do Engate", do António Variações. Acho que já está encastrado no leitor de cd's aqui da loja!

5 discos/músicos que ouço frequentemente ou que têm algum significado para mim:

Ufff! Esta é difícil.

"Undercovers", da Maria João e Mário Laginha. Se alguma vez um cd se gastar com o uso, este vai ser o primeiro.


"Songs from the last century" do George Michael. Gosto de o ouvir ao jantar.

"Swing when you're winning" do Robbie Williams. Perfeito para andar a saracotear pela casa, enquanto limpo o pó e aspiro.

"Lover's rock" da Sade, porque é lindo do princípio ao fim, e porque me foi oferecido por alguém muito especial.

A banda sonora do filme "Cruel Intentions". O filme é mesmo mauzinho, mas a banda sonora tem alguns momentos mesmo bons.


Não faças aos outros... olha, que se lixe. Vou mesmo desafiar os seguintes bloggers:

O Tiago, d' O Melhor Anjo, vítima fiel e assídua. Um amigo pop, o João, que dispensa justificações. A Pandora, porque tenho curiosidade em ver que sons ela guarda na caixinha de música. E o Miguel, do H2omens, para ver qual é a onda dele.

Blografias: os blogues em volta

Dia 17 de Junho, às 18:00 horas, na Livraria Almedina do Atrium Saldanha

Debate com

Prof. José Bragança de Miranda
Padre Mário Oliveira
Dr. António Gramado

em simultâneo com a apresentação dos livros

"Esses Dias", HenryKiller@com
"Weblogs - Diário de Bordo", de António Gramado

A Força da Gravidade

Quando a primeira coisa que o teu cabeleireiro te diz é "estás a fazer alguma coisa por causa da queda de cabelo?"...

Quando os ralos da banheira e do lavatório ficam cheios de cabelos com mais frequência...

Isso não é Impulse; isso não é Panténe; isso é uma merda e chama-se força da gravidade, porque é um sinal muito grave de que não estás a ficar mais novo.

Significa que não vais ser um cinquentão grisalho cheio de charme e, desengana-te, nem nos teus sonhos vais conseguir ficar assim:

Billy Zane

sábado, junho 04, 2005

O pastor amoroso perdeu o cajado

O pastor amoroso perdeu o cajado,
E as ovelhas tresmalharam-se pela encosta,
E de tanto pensar, nem tocou a flauta que trouxe pira tocar.
Ninguém lhe apareceu ou desapareceu.
Nunca mais encontrou o cajado.
Outros, praguejando contra ele, recolheram-lhe as ovelhas.
Ninguém o tinha amado, afinal.
Quando se ergueu da encosta e da verdade falsa, viu tudo:
Os grandes vales cheios dos mesmos verdes de sempre,
As grandes montanhas longe, mais reais que qualquer sentimento,
A realidade toda, com o céu e o ar e os campos que existem, estão presentes.
(E de novo o ar, que lhe faltara tanto tempo, lhe entrou fresco nos pulmões)
E sentiu que de novo o ar lhe abria, mas com dor, uma liberdade no peito.

Alberto Caeiro

Queer as Folk


Acho que estou a apaixonar-me pelo Vince...

Craig Kelly

É meia-noite


Do meu posto observo-os, sorrateiros, insinuantes, a sair do velho barracão e a esgueirarem-se pelas sombras das ruas e vielas.

Em bandos de dois ou três vão sussurrando impressões sobre a grande noite.

Alguns trazem na mão os uniformes berrantes e bordados a lantejoulas.

Não são terroristas.

Não são drag queens.

É a malta da Marcha de Alfama.

PS- A informação oficial e actualizada sobre as Marchas de Lisboa 2005 não parece ainda não estar disponível na internet. Apesar de faltarem menos de duas semanas. Vá-se lá perceber.

Erase? Rewind?

Passados estes meses todos o miúdo volta a materializar-se. Eu sabia que ia acontecer, o que não quer dizer que estivesse preparado.

Queria ficar indiferente. Não fiquei.

Queria armar-me em ice queen. Não consegui.

Não queria sentir borboletas no estômago e um nó na garganta. Não senti. (Boa!)

Queria manter um discurso fluente, coerente e uma expressão segura. Acho que não balbuciei e (quase) consegui não desviar o olhar.

Ele continua com aquele ar de cãozinho perdido e, por isso, eu continuo a querer pegar-lhe ao colo, fazer-lhe festas na barriga, mordiscar-lhe as orelhas e o nariz.

Queria não me questionar sobre quem seria a bicha féxon escanzelada que estava com ele. (Bah!)

Em suma: decididamente a paixão já era, mas é melhor que ele não apareça por cá muitas vezes. Até porque, agora, só não há espaço para contemplações.

quinta-feira, junho 02, 2005

Angels in Lisboa

Achava eu que aquela historia de existir um Mórmon giro, com impulsos sexuais, homossexuais ainda por cima, que olha para ti como um burro olha para um fardo de palha, não passava de fantasía e séries de televisão americanas.

Mas afinal...


Rosa Brava


Titulo: Rosa Brava
Autor: José Manuel Saraiva
Editora: Oficina do Livro

Ser jornalista é diferente de ser escritor. A linha que separa as duas actividades pode ser ténue, mas existe. E se existem meritórias excepções - bons jornalistas que conseguem escrever bons romances, - este não é o caso.

Pega-se numa fase particularmente importante da História de Portugal, numa das suas personagens mais carismáticas, junta-se uma total ausência de conhecimento dos processos históricos e sociais, uma linha narrativa incoerente povoada por personagens inconsistentes e uma edição com falhas graves ao nivel da ortografia e da correcção do texto.

Detesto quando os livros me fazem perder tempo.

Diz que disse

Diz que o Billy Corgan esteve a jantar em Alfama, num daqueles restaurantes com fados, tão ao gosto dos turistas.

Isto a acreditar nos gritinhos da adolescente histérica, ao telefone, à porta do dito restaurante.