O Bairro do Amor

Uma varanda debruçada para a vida

sábado, setembro 24, 2005

Guarda-me a vida na mão


E não a deixes fugir.




Não hesitava um segundo
Entre os teus olhos azuis
E um quadro azul de Picasso
Entre o som da tua voz
E o som de qualquer compasso
Entre o teu anel de prata
E todo o ouro do mundo
Escolheria o que é teu
Não hesitava um segundo

Quantas ondas há no mar
Quantas estrelas no céu
Tantas quantas nos meus sonhos
Foste minha e eu fui teu
Entre o teu anel de prata
E todo o ouro do mundo
Escolheria o que é teu
Não hesitava um segundo

Entre o céu da tua boca
E a luz do céu de Lisboa
Entre uma palavra tua
E um poema de Pessoa
Entre a cor do teu sorriso
E todo o brilho do mundo
Escolheria o que é teu
Não hesitava um segundo

Entre o teu anel de prata
E todo o ouro do mundo
Escolheria o que é teu
Não hesitava um segundo

Tozé Brito

quinta-feira, setembro 01, 2005

Rapaz do bengaleiro do Frágil (13)


Existe algures um texto, cujas coordenadas infelizmente perdi, que diz qualquer coisa como: o meu coração é como uma casa, com muitas portas e janelas, e lá dentro moram as pessoas que eu amo...

Este texto presidiu à criação do Bairro do Amor e, soubesse eu o seu autor e as palavras exactas, constituiria a epígrafe deste blogue.

Porque o meu coração é mesmo assim, grande como uma casa, onde cabe muita gente, onde há sempre lugar para mais alguém e onde toda a gente é bem vinda, assim venha por bem.

Naturalmente cada pessoa tem o seu lugar próprio, a sua divisão, o seu ambiente.

O Rapaz do bengaleiro do Frágil tem direito a ficar no atrio da entrada, como se fosse uma daquelas estátuas de inspiração vagamente grega, com um candeeiro flamejante na mão, num jeito um bocadinho novo rico. Pelo menos por enquanto. Em último caso tem sempre lugar no sotão.

Isto porque o cantinho, na sala de estar, ao pé da lareira,tal como o outro lado da cama, na suite principal, embora não esteja ocupado, está, para já, reservado.

don@ de casa desesperad@ (4)


Aprendi sozinho a fazer as bainhas das calças. Que maravilha! Sou mesmo uma F@da do Lar!

E quem é que disse que as baínhas das calças têm que ficar direitinhas!?!?

Diz que acabou a época parvinha (silly season)


E portanto este blogue já pode sair do estado semi-comatoso. Mas podia acontecer qualquer coisa, nova e interessante, que me ajudasse a desviar a atenção do meu ego monopolista e do meu coraçãozinho vadio. Até lá, vai-se fazendo o que se pode...